Quem entrar nas redes sociais vai se deparar com o assunto nesta noite de segunda-feira (20) em Itaperuna e algumas cidades do Noroeste Fluminense. O estrondo ouvido em vários lugares alimentou diversas teorias da conspiração e, em tempos de pandemia de Coronavírus (COVID-19), tem até gente falando em fim do mundo. Porém o fato tem explicação científica.
Com a pandemia, os índices de poluição caíram, tanto na atmosfera quanto a sonora, pela diminuição da circulação de carros, ônibus, motos e etc… e outros gases estão na atmosfera, causando os ruídos.
É verdade que o tal barulho tem relação indireta com a pandemia de Coronavírus, mas, calma, o mundo (ainda) não vai acabar – ao menos não por causa do estrondo.
Bruna Ignaczuk, professora pós-graduada em física, em entrevista ao portal BHAZ, explicou a questão.
“O som ocorre quando gases entram em contato com mudança de pressão atmosférica. Como acontece quando o ar sai de uma bexiga cheia ou de uma panela de pressão”, explica.
Para a especialista, o fato pode ter ligação indireta com a pandemia de coronavírus – afinal, com a quarentena, os índices de poluição têm diminuído.
“Pode ser que com menos funcionamento da indústria, uma quantidade menor de poluição na atmosfera influenciou a movimentação dos gases”, avalia.
Coronavírus e poluição
A quarentena, consequência das medidas de isolamento social, apesar dos impactos na economia, tem conseguido diminuir os índices de poluição em diversos locais.
Imagens de satélites captadas de janeiro a abril pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pela norte-americana NASA mostram uma redução drástica das emissões de dióxido de nitrogénio (NO2). Uma das regiões onde o efeito é mais visível é o norte da Itália. O Noroeste Fluminense no Brasil, é uma das regiões privilegiadas pelos fenômenos que encantam uns e assustam outros.
Veja o vídeo com o flagrante do barulho no céu sobre Itaperuna
Da Redação do Portal Itaperuna Notícias