Com inflação em alta pais se organizam para gastar menos com material escolar

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A projeção de uma inflação anual que aproximará dos 8% com tendências pessimistas para ações na economia, os reflexos já são visíveis nos materiais escolares. Em tempo de crise alguns pais em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, já criaram Grupos de WhatsApp e feiras de trocas para economizar na compra do material escolar.

Com itens cada vez mais caros, famílias recorrem a ajuda de outros pais para completar a lista.

A comerciária Andressa Vieira, de 53 anos, criou quatro grupos no WhatsApp, dois para compra e venda de livros, um para uniformes escolares e um para compra de materiais de papelaria.

A poucos dias para o início das aulas, ela finaliza as compras: “Estou indo agora na papelaria, onde conseguimos desconto, e depois vou à casa de uma mãe, para buscar o uniforme que comprei”, disse.

Com três filhos, Marcos, de 18 anos, Elisângela, de 15 e Mônica, de 11 anos, Andressa faz um malabarismo anual para economizar no material escolar.

Hoje Felipe já está na faculdade, mas as reuniões com outros pais começaram quando o ele ainda estava cursando o ensino fundamental.

Além dos grupos no WhatsApp, ela já organizou uma feira de troca. “As pessoas levavam cangas e colocavam os materiais ali e realizavam o negócio”, acrescentou.

Neste ano, ela reuniu um grupo de pais e conquistou para o coletivo um desconto de 15% em uma das papelarias da cidade. “Essa organização gera uma economia para os pais. Além disso, tem a questão do impacto ecológico. Os livros e as roupas são adequadamente reutilizados. Para o meio ambiente é ótimo”, afirmou.

Direito do Consumidor

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) preparou uma lista de dez dicas para economizar na volta às aulas.

Segundo o Idec, os responsáveis devem avaliar a lista de materiais escolares com cuidado. Muitos itens utilizados em anos anteriores, como estojo, régua, tesoura, mochila, podem ser reaproveitados. Além disso, por lei, as escolas não podem solicitar produtos de uso coletivo, como os de higiene, limpeza, copos e talheres descartáveis, grandes quantidades de papel, grampos, pastas classificadoras, entre outros exemplos.

“O custo de material de uso coletivo deve ser considerado no cálculo do valor das anuidades escolares e não pode ser repassado aos alunos nas listas de materiais, porque já compõe o preço da mensalidade”, diz o Idec.

O Idec recomenda também fazer pesquisa de preços em pelo menos três locais e evitar personagens infantis, pois esses itens são mais caros e, além disso, podem distrair a atenção da criança na aula.

Na hora de pagar, é importante exigir a nota fiscal com discriminação do produto adquirido: sua marca e preço individual e total. O preço praticado no cartão de crédito deve ser igual ao cobrado à vista.

Da Redação do Portal Itaperuna Notícias